sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Pais, separam-se entre si. Nunca dos filhos

O casamento acabou, a separação é inevitável e, a casa que antes era o porto seguro, torna-se um campo de batalha. É nesse momento quando o casal está exteriorizando suas raivas e frustrações pelo fim do casamento que, outras decisões importantes também precisam ser resolvidas como partilha dos bens e a guarda dos filhos.

É de extrema importância nesse momento, mesmo com o emocional abalado e fragilizado, ter noção que pais separam-se entre si, e nunca dos filhos, pois estes são para sempre. No término dos relacionamentos com filhos, é muito comum quando um dos cônjuges constitui outra família, deixar os filhos em segundo plano.

Contribuir para o equilíbrio emocional dos filhos, mantendo o vínculo afetivo necessário para que a responsabilidade parental seja exercida é fundamental, ou seja, decidir e exercer em conjunto tudo que diz respeito à vida dos filhos como por exemplo, a escolha da escola. Hoje temos uma grande aliada que é a guarda compartilhada, favorecendo a convivência de pais e filhos. Em vez de horários rígidos para visita, propõe horários mais flexíveis de convivência, pois entendo que um
pai e uma mãe comprometidos com a relação com seus filhos, ter contato de quinze em quinze dias é prejudicial à relação. Ela deve ser constante e intensa.

A separação não deve ser traumática para os filhos, isso vai depender da forma de convivência que for estabelecida. É claro que a separação é um processo difícil de ser vivido, mas o grande desafio está em dissolver a sociedade conjugal e manter a parental equilibrada, funcionando de forma benéfica para todos. Chegar nesse ponto implica numa negociação sólida e sensata entre os ex-parceiros. Tanto um quanto outro desejam o melhor para os filhos, portanto os pais devem entender o quanto é importante que os filhos mantenham uma boa imagem tanto do pai quanto da mãe.

Alguns pais colocam seus filhos no meio da separação, não entendendo que as discussões devem ficar apenas entre os ex-parceiros, transformando as crianças em espiões ou mensageiros, mandando recados ao antigo cônjuge. Os dois têm o direito de se relacionar novamente, e serem respeitados. Comentários maldosos, destruidores sobre o ex podem abalar as crianças. É necessário que a criança tenha uma boa imagem dos pais.

A esposa pode achar o ex péssimo, mas o filho tem direito de achá-lo legal, pois é muito comum nesses casos um dos genitores se colocar no papel de vítima , usando a criança como instrumento para as intrigas.

Quando os ex-parceiros não se entendem é importante a busca da ajuda de um profissional, para se propor acordos e busca de soluções amigáveis. Manter uma relação amigável após uma separação é menos estressante e mais produtivo para todos os envolvidos.

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