quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Em ti encontro vida, vida em abundância.

És a água que mata a minha sede.

És o 'eró' que apazígua o meu caminho.

Senhora e proprietária da benevolência imortal.

Quando abro os meus olhos, todas as manhãs, é a sua graça que contemplo.

És a 'menina' que colori o meu olhar.

A tua graça acompanha os meus passos.

A sua proteção enche-me de generosidade.

Mãe que por mim intercede e me leva sempre adiante.

Professora misteriosa que com paciência e dom me introduziu aos mistérios do Oráculo.

Em todos os meus dias de vida tributarei a ti louvores;

E mesmo quando os meus dias forem escassos de tempo, a ti reverenciarei em pensamentos.

Ìyáàmi Agba que me sublima em amor e esperança nos momentos mais difíceis.

Òrìsà que TUDO pode e TUDO faz sem sequer ser questionada pelas outras divindades.

Mãe que é repleta de conhecimentos e magias.

Divindade delicada, por vezes, tão mal compreendida e estereotipada.

Senhora que em comum acordo com Òrúnmìlà e o meu Òrí, comanda a minha vida.

Senhora de amor tão profundo e delicado que comparo ao fio capilar.

Fluído divinal que não tem hora, local e motivo para me visitar e fazer transbordar em mim amor, amor e mais amor.

Mãe de amor que delicadamente vai embora, sem fazer barulho, quando a maldade adentra o coração do ser humano.

Assim como é impossível a água tocar a terra, sem movê-la, e sem fazer um novo caminho, que as tuas "águas" me levem para além dos obstáculos cotidianos e me preserve de toda possível maldade, covardemente arquitetada pelos filhos das trevas.

Mãe, como nas outras vidas, conserva-me em amor, longevidade e elegância nesta atual travessia no aiye.


Odocyá Yemanja.

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