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Um vendedor de um imóvel
não precisa ser chamado para integrar uma ação judicial (denunciação da
lide), caso o comprador já tenha entrado na Justiça para defender a
legalidade do negócio. A decisão foi tomada por unanimidade pela
Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao analisar uma
ação (embargo de terceiro) envolvendo a venda de uma casa na região dos
Jardins, área nobre da capital paulista.
Tempos após adquirirem o imóvel da empresa BBG Serviços e Participações, os compradores descobriram que havia uma ação judicial questionando a legalidade da venda. Os compradores acionaram então a Justiça para que a empresa BGG Serviços e Participações passasse também a integrar a ação (denunciação da lide). O pleito dos compradores não foi atendido pelo juiz de Primeira Instância. Na sentença de Segunda Instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) entendeu também que não é preciso que o vendedor defenda a legalidade de um negócio já defendido pelo comprador. “Não se concebe tratar como adversário quem também tem interesse no reconhecimento da regularidade do ato que o juízo tratou como irregular”, disse o desembargador do TJSP. Os compradores recorreram então ao STJ. No voto, o ministro relator Ricardo Villas Bôas Cueva negou o recurso, alegando que “o estado avançado do processo que deu origem ao recurso especial não recomenda o deferimento do pedido de denunciação da lide sob pena de afronta aos princípios da economia e da celeridade processuais”. Para Villas Bôas Cueva, a negação do pedido de “denunciação da lide” não impede, no entanto, que seja proposta uma outra ação contra o vendedor do imóvel para reaver o preço pago. Resp 1243346 |
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
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